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Foto: Reprodução |
Para muitos baianos, a celebração do Dia dos Pais é um privilégio que permanece distante. Os números divulgados pela Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen/BA) lançam uma luz preocupante sobre a ausência paterna no registro de nascimento. Somente neste ano, um total alarmante de 7.659 crianças nasceram sem o nome do pai registrado em suas certidões de nascimento.
A análise dos últimos sete anos, de 2016 a 2022, é igualmente preocupante, com um total de 65 mil nascimentos ocorrendo com o espaço destinado ao nome do pai vazio no documento oficial. Esses números impactantes refletem uma realidade complexa que afeta milhares de famílias na Bahia.
Segundo a Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Estado da Bahia (Arpen/BA), somente nos primeiros sete meses deste ano, foram realizados 777 reconhecimentos de paternidade no estado. Esse processo é fundamental para preencher o espaço vazio na certidão de nascimento e garantir o direito legal das crianças a terem o nome do pai reconhecido oficialmente.
A Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) também está desempenhando um papel vital nesse cenário, realizando 1.157 exames de paternidade entre janeiro e julho de 2023. Esses exames constituem a primeira etapa essencial para o reconhecimento paterno e têm o potencial de criar um impacto positivo duradouro nas vidas das crianças e suas famílias.
A ausência do nome do pai nas certidões de nascimento não apenas tem implicações legais, mas também afeta emocionalmente as crianças e suas famílias. O reconhecimento paterno é uma questão de direitos e proporciona a oportunidade de estabelecer laços afetivos, além de garantir suporte financeiro e emocional às crianças.
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