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Na segunda-feira (7), o Banco Central (BC) divulgou a nomenclatura da aguardada moeda digital brasileira: o Drex. Esta iniciativa, que visa digitalizar o real, deu um passo importante rumo à implementação. Com a plataforma já em fase de testes desde março e as primeiras operações simuladas previstas para setembro, o Drex tem como intuito ampliar as oportunidades de negócios e estimular a inclusão financeira, tudo isso dentro de um ambiente seguro com riscos mínimos de fraudes.

O projeto, com duração prevista de 30 dias, visa principalmente o público do 7º ano, buscando expandir o conhecimento cultural dos estudantes, promovendo respeito às diferenças, facilitando o entendimento da própria história e identificando a diversidade de culturas existentes.

Dentro do escopo do projeto, os alunos têm realizado diversas atividades de pesquisa sobre tópicos como vestimentas tradicionais, danças regionais, dramatizações, obras de arte, localização geográfica, condições climáticas, demografia, bem como os costumes e tradições locais, entre outros.

O que é o Drex?

Considerado à prova de hackers, o Drex utiliza a tecnologia blockchain, que é um banco de dados ou livro-razão que mantém informações seguras, rápidas e transparentes. Sem uma entidade central de controle, essa tecnologia opera como uma corrente de blocos criptografados, onde cada elo é fechado após um certo período. Nenhuma informação pode ser modificada ou removida, pois todos os blocos estão interconectados por senhas criptografadas.

Diferenças em relação a outras criptomoedas

Ao contrário das criptomoedas tradicionais, cujos valores oscilam de acordo com a oferta e demanda, o Drex estará atrelado às moedas oficiais e oscilará conforme a taxa diária de câmbio determinada pelos fundamentos e políticas econômicas de cada país. Além disso, ao contrário das criptomoedas, o Drex será produzido pelo Banco Central, com uma paridade com o real.

Diferenças entre Drex e Pix

Apesar de se assemelhar ao Pix, o Drex funcionará de maneira distinta. Enquanto o Pix lida com transferências em reais entre instituições financeiras, o Drex utilizará a tecnologia blockchain, semelhante às criptomoedas, permitindo transações com valores maiores.

Serviços Oferecidos pelo Drex

O Drex possibilitará serviços financeiros como transferências, pagamentos e até a compra de títulos públicos. Além disso, consórcios autorizados pelo Banco Central poderão desenvolver ainda mais possibilidades, como o pagamento instantâneo de parcelas de imóveis e veículos, bem como benefícios sociais.

Acesso ao Drex

Previsto para chegar aos consumidores no final de 2024 ou início de 2025, o Drex será uma moeda de atacado, trocada entre instituições financeiras. Os clientes operarão por meio de carteiras virtuais, onde converterão reais em Drex, realizando transações por meio da tecnologia blockchain.

Os testes estão sendo realizados desde março, usando a plataforma Hyperledger Besu, com a participação de 16 consórcios para o projeto piloto. Esses testes acontecerão de forma simulada, visando testar a segurança e agilidade entre o Drex digital e os depósitos tokenizados das instituições financeiras.

O Drex promete marcar uma nova era nas transações financeiras, impulsionando a digitalização da moeda nacional e trazendo novas possibilidades de serviços e inclusão financeira para a população.