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Foto: Reprodução |
Neste Dia do Estudante, manifestações organizadas por entidades estudantis tomaram as ruas de diversas cidades do país, unidas por um chamado por aprimoramentos abrangentes na educação, desde o ensino básico até a pós-graduação. As principais demandas incluem a revogação do Novo Ensino Médio, um reforço na assistência estudantil para todas as fases de ensino, garantia de direitos previdenciários para mestrandos e doutorandos, além da defesa do orçamento destinado à educação.
Liderada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubs), União Nacional dos Estudantes (UNE) e Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), essa mobilização ressalta a importância da preservação dos direitos dos estudantes. “Estamos nas ruas para assegurar os direitos dos estudantes”, afirma Manuella Mirella, presidente da UNE, com Vinícius Soares, presidente da ANPG, acrescentando: “O dia 11 é o Dia do Estudante, portanto, historicamente, as entidades estudantis convocam mobilizações em defesa da educação”.
Este ano, a discussão central concentra-se no Novo Ensino Médio. As entidades estudantis reivindicam a revogação da Lei 13.415/2017, que implementou o novo modelo educacional para essa etapa. As escolas começaram a introduzir os novos currículos no ano anterior. O ensino médio passa a ser composto por uma parte de currículo comum, determinada pela Base Nacional Comum Curricular, que estabelece o mínimo que todos os estudantes devem abranger. Na outra parte do currículo, os alunos podem escolher itinerários formativos, dependendo da oferta de cada rede de ensino. De acordo com Jade Beatriz, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), na prática, os estudantes muitas vezes acabam com disciplinas que não contribuem e deixam de acessar conteúdos que seriam relevantes para a entrada no ensino superior.
Uma das preocupações levantadas pelos estudantes é que esse modelo amplia a desigualdade, especialmente entre escolas públicas e privadas. Isso acontece porque a parte comum, por si só, pode ser insuficiente para permitir que os estudantes tenham acesso a uma universidade. A formação completa dependeria do aprofundamento nos itinerários que, por sua vez, estão sujeitos às condições e infraestrutura de cada localidade.
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