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O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta segunda-feira, 21, que a agência de viagens 123milhas foi temporariamente suspensa do Cadastur, um programa que visa facilitar a obtenção de empréstimos e financiamentos no setor de turismo. O motivo para essa suspensão está relacionado ao modelo de negócio da empresa, que está "sob análise" pelo Ministério do Turismo, após a 123milhas ter interrompido a emissão de passagens da linha promocional e pacotes com datas flexíveis.

A atitude da empresa em suspender seus serviços causou surpresa e preocupação no governo. O ministro Celso Sabino expressou sua inquietude com a situação ao comentar que "nós fomos surpreendidos com o anúncio da empresa de que estaria cancelando os pacotes adquiridos". Esse anúncio suscitou o pedido do ministro para que o Ministério da Justiça investigasse a decisão da 123milhas, caracterizada como "grave".

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A agência de viagens também enfrentará a exclusão do Programa Emergencial de Retomada dos Setores de Eventos (Perse), um benefício tributário criado durante a pandemia de COVID-19. A exclusão dessa iniciativa foi proposta pelo líder do PSB na Câmara dos Deputados, Felipe Carreras (PE), durante um evento em comemoração aos 20 anos do Ministério do Turismo, no qual o ministro Celso Sabino participava.

Para investigar as condições da 123milhas e avaliar o modelo de negócios executado por empresas semelhantes, um procedimento foi instaurado em conjunto pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça, e o próprio Ministério do Turismo. A medida tem o intuito de esclarecer a situação e garantir a integridade dos serviços oferecidos pelas agências de viagens, assegurando os direitos dos consumidores e a estabilidade do setor de turismo como um todo.