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Foto: Reprodução |
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados da Síntese de Indicadores Sociais, indicando uma expressiva queda nos percentuais de extrema pobreza e pobreza no Brasil em 2022. Segundo o estudo, o percentual de pessoas em extrema pobreza, vivendo com menos de R$ 200,00 por mês, caiu de 9,0% em 2021 para 5,9% em 2022. Da mesma forma, a proporção de pessoas em situação de pobreza, com renda de até R$ 637,00 por mês, reduziu de 36,7% para 31,6% no mesmo período.
Em termos absolutos, a queda representou aproximadamente 6,5 milhões de pessoas saindo da extrema pobreza e 10,2 milhões saindo da pobreza de um ano para o outro. Em 2022, o país contava com 12,7 milhões de pessoas em extrema pobreza e 67,8 milhões em situação de pobreza.
O estudo utilizou os parâmetros do Banco Mundial de US$2,15 por dia para extrema pobreza e US$6,85 por dia para pobreza, em termos de Poder de Paridade de Compra (PPC) a preços internacionais de 2017. Vale destacar que esses parâmetros foram atualizados pelo Banco Mundial em 2022, sendo anteriormente de US$1,90 PPC 2011/dia para extrema pobreza e US$5,50 PPC 2011/dia para pobreza.
A pesquisa revelou que, mesmo com a atualização dos parâmetros, o movimento na série histórica permanece o mesmo, com aumento de 2020 para 2021 e queda entre 2021 e 2022. A queda foi observada em todas as regiões, com destaque para o Norte e o Nordeste, onde a redução foi mais significativa.
Os dados também evidenciaram desigualdades sociais, indicando que pessoas pretas ou pardas representavam mais de 70% dos pobres e extremamente pobres. A desigualdade se refletiu nas taxas de pobreza e extrema pobreza, sendo que em 2022, 40% das pessoas pretas ou pardas eram consideradas pobres, enquanto apenas 21% da população branca estava nessa condição.
O estudo destacou a importância dos benefícios de programas sociais no combate à extrema pobreza, representando 67% da renda domiciliar das pessoas nessa situação. Os benefícios também impactaram na redução da desigualdade econômica, principalmente nas regiões Nordeste e Norte.
A Síntese de Indicadores Sociais visa apresentar uma análise abrangente das condições de vida da população brasileira, abordando temas como estrutura econômica, mercado de trabalho, padrão de vida, distribuição de rendimentos, condições de moradia e educação.
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