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O peixe-leão, também conhecido como peixe-peru, peixe-dragão, peixe-escorpião ou peixe-pedra, é uma espécie marinha venenosa pertencente aos gêneros Pterois, Parapterois, Brachypterois, Ebosia ou Dendrochirus, da família Scorpaenidae. Originário do Indo-Pacífico, o peixe-leão tornou-se uma presença preocupante nos mares brasileiros, representando uma ameaça significativa para os ecossistemas locais.

A invasão do peixe-leão no Brasil foi registrada pela primeira vez em dezembro de 2020, nos estados do Pará e Amapá. Desde então, sua presença tem se expandido para diversas regiões do país, representando uma séria ameaça para a biodiversidade marinha. Com sua capacidade reprodutiva impressionante, uma fêmea pode depositar até 2 milhões de ovos durante sua vida, contribuindo para uma rápida propagação da espécie.

Uma das características distintivas do peixe-leão é a presença de espinhos venenosos em suas nadadeiras dorsais, pélvicas e anal. Esses espinhos contêm toxinas capazes de causar náuseas, dor intensa e até convulsões em seres humanos. Além disso, seus raios prolongados nas nadadeiras laterais e ventrais aumentam seu potencial de perigo.

Os impactos da presença do peixe-leão são vastos e abrangentes. Além de ameaçar a biodiversidade local, essa espécie invasora pode afetar negativamente a pesca artesanal e o turismo, duas atividades econômicas importantes em muitas regiões costeiras do Brasil. Além disso, representa um risco à saúde pública devido aos efeitos de sua picada venenosa.

Diante desse cenário preocupante, ações de controle e manejo são essenciais para mitigar os impactos do peixe-leão nos ecossistemas marinhos brasileiros. Uma medida importante é o recolhimento ativo desses peixes invasores. Estratégias de captura seguras e eficazes são necessárias para reduzir suas populações e proteger a biodiversidade nativa.

Além do recolhimento, é fundamental investir em programas de conscientização pública para informar as comunidades costeiras sobre os riscos associados ao peixe-leão e promover práticas sustentáveis de pesca e conservação marinha. A colaboração entre cientistas, pescadores, autoridades governamentais e a sociedade civil é crucial para enfrentar esse desafio complexo.

Em suma, o recolhimento do peixe-leão emerge como uma medida urgente e necessária para proteger os ecossistemas marinhos do Brasil. Ao combater essa espécie invasora, podemos preservar a rica diversidade biológica dos nossos oceanos e garantir um futuro sustentável para as gerações presentes e futuras.