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O número de homicídios registrado pela rede na Bahia também supera a marca de feminicídios, quando o assassinato é motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero. Ao longo do último ano, 70 feminicídios foram notificados no estado, abaixo dos índices de São Paulo (174), Rio de Janeiro (99) e Pernambuco (92).

Para a assistente social Larissa Neves, pesquisadora e uma das autoras do estudo, os dados de homicídios refletem as barreiras na elucidação dos casos e na tipificação jurídica de crimes contra mulheres."Por exemplo, no ano de 2023, houve muitas mortes sem esclarecimentos. Foram corpos de mulheres encontrados em BRs, BAs... em locais abandonados e que, com a divulgação dessas notícias, não vieram mais dados sobre o processo investigativo. Então, a gente se questiona até se, de fato, foi homicídio ou se não houve um outro caráter por detrás dessa morte", avalia a pesquisadora em entrevista ao g1.

Para contabilizar os casos, a Rede de Observatórios usa a veiculação na mídia como ponto de partida da coleta de informações. A metodologia consiste na compilação de registros de violência e segurança feitos em sites, jornais e redes sociais, entre outros meios, para posterior análise e revisão. Os pesquisadores também consideram dados obtidos por outras fontes. LEIA MAIS