Foto: Reprodução


Choro, o coração musical do Brasil, é agora Patrimônio Cultural Nacional

A partir desta quinta-feira (29), o choro, um dos gêneros musicais mais representativos e genuinamente brasileiros, foi oficialmente reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil. A decisão foi tomada por unanimidade pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, presidido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e representa um marco na história da música nacional.

O processo de reconhecimento foi iniciado pelo Clube do Choro de Brasília, pelo Instituto Casa do Choro do Rio de Janeiro e pelo Clube do Choro de Santos (SP), além de um abaixo-assinado. Agora, o choro será registrado no Livro das Formas de Expressão do Iphan, que reúne as manifestações artísticas em geral.

O choro, que tem suas raízes na música popular brasileira do século XIX, é um gênero musical que mistura influências europeias e africanas, resultando em um ritmo único e apaixonante. Para Henrique Lima Santos Filho, conhecido como Reco do Bandolim e presidente do Clube do Choro de Brasília, o reconhecimento do choro como Patrimônio Cultural do Brasil é motivo de orgulho e representa uma conquista para toda a nação.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também destacou a importância do choro como uma manifestação artística que faz parte da identidade brasileira. Ela ressaltou a necessidade de valorizar e promover o chorinho, que é amado pelo povo brasileiro.

O presidente do Iphan, Leandro Grass, enfatizou que a política do instituto é de valorizar os bens que representam os territórios e as comunidades do país. Ele destacou que o choro já tem a capacidade de alcançar todo o Brasil e que a patrimonialização é um compromisso do governo federal de preservar e expandir o acesso da população a essa expressão cultural.

O choro é um gênero musical que conta com nomes de artistas que contribuíram para a sua popularização e preservação ao longo dos anos, como Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho. Suas composições atemporais, como "Carinhoso" e "Brasileirinho", continuam a encantar e emocionar o público até os dias de hoje.

Com o reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil, o choro ganha ainda mais destaque e importância, garantindo sua preservação e valorização para as futuras gerações.