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Taxas de CDBs de Longo Prazo Disparam com Aumento de Juros no Mercado

As taxas dos CDBs de longo prazo estão em alta após a decisão dividida sobre o corte de 0,25 ponto percentual na Selic. O mercado está precificando juros mais altos por um período prolongado, fazendo com que os ativos bancários com vencimento a partir de um ano ofereçam retornos maiores. Esse movimento afeta tanto os CDBs pós-fixados, atrelados ao CDI, quanto os prefixados, enquanto as taxas de papéis de curto prazo caíram.

Um levantamento da Quantum Finance, encomendado pelo InfoMoney, analisou 245 CDBs emitidos entre 6 e 20 de maio, comparando as taxas com a quinzena anterior. Os títulos com vencimento em três anos entregaram uma taxa média de 102,18% do CDI, acima dos 101,75% da quinzena anterior. Para os CDBs de dois anos, a taxa subiu de 101,02% para 101,22%, e os de 12 meses aumentaram de 99,34% para 100,21%.

Especialistas explicam que a divergência nas taxas de curto e longo prazo é devido às incertezas fiscais e os altos juros americanos. Enquanto a Selic em queda reduz as taxas de curto prazo, os juros longos são pressionados pelas metas fiscais do governo e as condições econômicas externas. Os pós-fixados dominaram as emissões, com 71,4% do total, e os papéis prefixados continuam atraindo investidores com taxas anuais de até 13,40% nos títulos de três anos.