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Foto: Reprodução |
Por Yalu Miranda
As convenções partidárias vão começar, e então vai ser dada a largada, de forma oficial, para mais um ciclo eleitoral no nosso município. Pelos próximos meses, candidatos a prefeito e ao cargo de vereador estarão disputando todo e qualquer espaço público. De um lado, a busca pelo voto; do outro, a busca de qualquer coisa que possa saciar algum desejo pessoal ou coletivo. Eis aqui uma análise: Cinco pré-candidatos a prefeito estão colocando os seus nomes à disposição da população, e algumas reflexões são necessárias.
Primeiro, a DEMOCRACIA sempre pede passagem. Ou seja, um dos seus preceitos básicos é sua capacidade de renovação e alternância de poder. Mas este princípio não tem sido muito observado aqui no município. Aqueles que já foram prefeitos e que, portanto, já deram suas contribuições, mesmo ainda exercendo alguma liderança, precisam vislumbrar novas cores na política até como estratégia de sobrevivência política e de grupo. O tempo passa e, implacavelmente, desbota as cores vivas de outrora. O município clama por renovação, por novas faces, por criar circunstâncias mais oportunas para a realização de algo minimamente novo e diferente. Enfim, a política clama por novas cores.
Um mínimo de razão nos faz ver que o tempo passa, inclusive o tempo político. Então, para o bem das nossas escolhas, da nossa política e da nossa tão falada democracia, RENOVAR é preciso. Devemos, sim, ter o cuidado de dizer “não” à mesmice que nada de novo apresenta e que apenas traz o tédio para a política. Outro ponto a ser destacado é que a política não convive bem com aventuras nem aventureiros. A compreensão dos objetivos e interesses de um candidato “outsider” de querer, por cima de pau e pedra, liderar o processo político no município não está muito clara; e a comunidade tem encarado o fato como uma intrusão que precisa ser combatida.
O que pode ser dito é que a aventura na política é caracterizada por uma fantasia que alguém veste para colocar o poder público a seu serviço. E as ações, não muito republicanas, observadas de forma escancarada de derrame de dinheiro e compra de apoio político no município (e aquele que vende não se diferencia em nada daquele que compra) de alguma forma corroboram esta premissa. Mesmo já tendo entrado na terceira década do século XXI, incrivelmente ainda praticamos uma política que antecede a República. Eleitores, é isto o que queremos da nossa política?? Certamente, o município ficará melhor representado nas mãos de quem nele vive e investe; de quem já contribui com sua melhoria, de quem continuará morando e contribuindo com o município ao término do seu mandato. Portanto, precisamos olhar mais atentamente para os bons nomes internos que temos.
É lógico supor que o município está desesperado para ouvir e ver algo novo na política – uma voz que não seja a voz da mesmice, e que também não seja a voz da aventura. É preciso renovar, pois sem renovação não há avanço. É necessária a alternância de poder entre grupos e pessoas para que a política não fique aprisionada. Do contrário, a democracia precisa rever os seus conceitos. P.S. não se trata aqui de um ataque pessoal a nenhum candidato. Se trata de uma análise, um pensamento crítico realista sobre este processo político que se inicia no município. No campo pessoal, o MCI tem todos os candidatos no mais alto grau da estima e consideração.
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