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Foto: Reprodução |
Na última semana, um fato envolvendo a Diocese de Chapecó, mais especificamente a comunidade São José, Bairro São José, da Paróquia Santo Antônio - Pinhalzinho, tomou grande repercussão. As manchetes davam conta de que "Idosa é proibida de frequentar igreja por dívida de dízimo em SC". O fato iniciou-se a partir de um Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Polícia Civil de Pinhalzinho e que foi apresentado em um programa de rádio. Imediatamente, a Cúria Diocesana procurou averiguar o ocorrido, ouvindo as partes envolvidas.
Abaixo, transcrevemos a retratação que a Rádio Centro Oeste 109 FM de Pinhalzinho, colocou à disposição da comunidade:
A Polícia Civil de Pinhalzinho arquivou uma suposta denúncia feita através de Boletim de Ocorrência. O fato foi levado à público pelo delegado Lucas Almeida, durante o quadro Fala Delegado. Na ocasião, o chefe da PC informou que uma mulher "teria sido impedida de entrar na igreja por não ter pago o dízimo". A mulher não apresentou provas e o caso foi arquivado.
A investigação também mostrou que a situação não teria haver com dízimo, contribuição espontânea - sem valor definido - pela Paróquia de Pinhalzinho. "No caso de representação da igreja, a comunicante pode responder pelo crime de difamação", observa o delegado.
Conforme Lucas Almeida, o filho da comunicante teria sido impedido de frequentar a turma da catequese, pois a doutrina já havia iniciado há meses. Então, o menino poderia começar apenas no ano seguinte. Portanto, nada correlacionado há contribuição para comunidade.
Ainda conforme o delegado, a mulher tentou a transferência de comunidade, de um bairro para outro, requerendo documento para esta finalidade. Porém, como havia pendências e o documento não foi entregue, ocorreu o registro do B.O.
Posição da Comunidade Santo Antônio
O pároco da Paróquia Santo Antônio, padre Inácio, destacou que ninguém é impedido de frequentar a igreja, especialmente por não contribuir financeiramente com a comunidade.
O padre se mostrou surpreso com a repercussão do caso, especialmente por não ter sido ouvido antes da divulgação do caso na RCO, para explicações da forma de funcionamento da comunidade ou mesmo da situação em si.
O pároco ressaltou que a igreja, "a Casa de Deus", é aberta a todos independente de condição financeira. Entretanto, há regras que precisam ser respeitadas para a catequese, como em qualquer outra instituição.
Posição da Diocese de Chapecó
Idosa? O fato teve repercussão ainda maior dando ênfase a se tratar de uma pessoa idosa. Ressaltamos que com base em informações averiguadas posteriormente, trata-se de uma mulher de menos de 40 anos.
Eu, Dom Odelir José Magri, bispo da Diocese de Chapecó, lamento que alguns veículos de comunicação tenham divulgado esta notícia, sem averiguar a veracidade dos fatos, ouvir as partes envolvidas, propagando uma "fake news". Tudo isso favorecendo uma falsa imagem da comunidade local, da Paróquia Santo Antônio, da Diocese de Chapecó e da própria beleza do verdadeiro significado da devolução do Dízimo. Recebemos mensagens de todo o Brasil, de pessoas tentando entender o ocorrido e se perguntando se o fato era verdadeiro.
Portanto, constatando a repercussão negativa que esta informação gerou, essas pessoas que divulgam este tipo de informação deveriam em primeiro lugar, ouvir as partes interessadas e não se basear em apenas uma fonte. Isso mostra a irresponsabilidade de quem divulgou essas informações, sem medir as consequências destas.
Em nome da Diocese de Chapecó, por questão de justiça, peço aos diferentes meios de comunicação que divulgaram esta notícia como verdadeira, assim como fez a Rádio Centro Oeste, que possam abrir espaço para esclarecimento acerca do ocorrido.
Saudações a todos! Paz e Bem!!!
Chapecó - SC, 02 de outubro de 2024
Dom Odelir José Magri, MCCJ - Bispo da Diocese de Chapecó
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