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A nomeação de esposas de ministros para cargos estratégicos nos Tribunais de Contas tem gerado polêmica e reacendido o debate sobre moralidade e nepotismo no Brasil. Em dezembro de 2023, Onélia Santana, esposa do ministro da Educação, Camilo Santana (PT), foi indicada ao Tribunal de Contas do Estado do Ceará, configurando o quinto caso semelhante no governo Lula. Em março de 2023, Aline Peixoto, esposa do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), foi eleita conselheira no Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, gerando críticas sobre sua falta de qualificação técnica para o cargo.

O cientista político Antônio Jorge Almeida classificou essas práticas como um "problema generalizado", que prejudica a imparcialidade e desmotiva servidores concursados. Para ele, as nomeações baseadas em parentesco ou relações pessoais em vez de critérios técnicos comprometem a confiança pública nos Tribunais de Contas. A controversa prática escapa da Súmula Vinculante 13 do STF, que proíbe nepotismo em cargos públicos, intensificando o sentimento de impunidade e abuso de poder. A sociedade exige reformas que priorizem a competência técnica e a imparcialidade nos cargos públicos.