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Douver Braga, empresário brasileiro de 48 anos natural de Petrópolis (RJ), é acusado de liderar um esquema de pirâmide financeira internacional que teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão em criptomoedas. Ele foi preso pela Interpol durante férias em Genebra, na Suíça, e agora é alvo de investigações da Polícia Federal por lavagem de dinheiro no Brasil.

Douver ficou conhecido ao fundar o Trade Coin Club (TCC) nos Estados Unidos, prometendo lucros diários a investidores com base em transações automatizadas de bitcoins por um suposto robô. Mais de cem mil pessoas investiram no negócio, mas em 2018, o esquema desmoronou. Segundo a SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA), o TCC era um clássico esquema Ponzi, onde os lucros eram pagos com dinheiro de novos investidores.

Após o colapso do TCC, Douver retornou ao Brasil com pelo menos 8.396 bitcoins – o equivalente a mais de R$ 260 milhões à época – e passou a investir em negócios e projetos sociais, como a ONG Click4HelpKids. No entanto, sua parceria com o empresário José Carlos Eloy, sócio no Feirão de Caxias, também está na mira da PF, que apreendeu bens ligados à dupla e identificou mais de 130 imóveis, carros de luxo e até uma embarcação, supostamente comprados com recursos ilícitos. A Justiça brasileira determinou o bloqueio de até R$ 1,6 bilhão em bens.