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Justiça reconhece negligência e condena distrito escolar após anos de perseguições, ameaças e sofrimento psicológico.

Eleri Irons, hoje com 21 anos, vai receber US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,5 milhões) após sofrer bullying extremo enquanto estudava na Califórnia, entre 2017 e 2018. A Justiça americana concluiu que o Distrito Escolar de El Segundo (ESUSD) foi negligente ao não proteger a estudante quando ela tinha entre 13 e 14 anos, ignorando denúncias feitas por ela e sua família.

A jovem relatou perseguições constantes, xingamentos e até a criação de uma petição chamada “Vamos matar Eleri Irons”, que circulou na escola. O caso resultou em transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e automutilação. Apesar dos pedidos de ajuda, a escola classificou a situação como "drama adolescente" e não tomou providências adequadas.

Em 2022, um júri determinou o pagamento de US$ 700 mil por danos passados e US$ 300 mil por danos futuros. O distrito recorreu, alegando falta de provas, mas a Corte de Apelações da Califórnia manteve a decisão nesta semana. O caso chama atenção para a responsabilidade das instituições escolares no combate ao bullying.