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Taxa teve alta de 5,7 pontos percentuais em maio; cheque especial e crédito consignado registram queda.

Em meio à instabilidade econômica, os brasileiros seguem enfrentando os efeitos das altas taxas de juros, especialmente no crédito rotativo. Segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC), a taxa anual do cartão de crédito rotativo atingiu 449,9% em maio, um aumento de 5,7 pontos percentuais em comparação a abril, quando o índice era de 444,2%.

O crédito rotativo é acionado quando o consumidor não paga o valor total da fatura do cartão até a data de vencimento. Nesse caso, o valor restante é financiado automaticamente, com encargos extremamente elevados, tornando essa a modalidade mais cara do mercado financeiro.

Por outro lado, outras linhas de crédito apresentaram queda nas taxas de juros. O cheque especial, conhecido como crédito emergencial, recuou de 137,4% para 134,7% ao ano. Já o crédito consignado, que tem desconto direto na folha de pagamento, teve queda de 0,4 ponto percentual, chegando a uma média de 26,5% ao ano.

Entre as categorias do consignado, os servidores públicos continuam a pagar a menor taxa, 24,8% ao ano, seguidos pelos aposentados e pensionistas do INSS, com 24,3%. Para os trabalhadores do setor privado, no entanto, os juros sobem para 55,6% ao ano.

Com o endividamento das famílias em alta e o consumo pressionado, especialistas recomendam cautela ao utilizar linhas de crédito com juros elevados, especialmente o cartão de crédito rotativo, que pode rapidamente se transformar em uma dívida impagável.