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Nova etapa da reforma do setor permitirá que consumidores residenciais escolham o fornecedor de energia, com promessas de economia e mais liberdade de escolha.

A partir de dezembro de 2027, consumidores residenciais de todo o Brasil poderão escolher de quem comprar a energia elétrica que abastece suas casas. A medida, anunciada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), marca uma nova fase na abertura do mercado de energia, permitindo a entrada de residências no chamado mercado livre. Atualmente, apenas grandes empresas e consumidores de média e alta tensão têm esse direito.

No mercado livre, o consumidor pode negociar diretamente com fornecedores, o que pode gerar uma economia de até 40% na conta de luz, segundo estimativas do setor. Especialistas apontam que essa mudança representa uma revolução no setor elétrico, democratizando o acesso à escolha e estimulando a concorrência. A experiência é comparada à abertura dos mercados de telefonia e internet no Brasil.

Apesar das vantagens, especialistas alertam para os desafios da transição. O CEO da Spirit Energia, Uberto Sprung Neto, recomenda cautela, destacando que o novo modelo exige atenção a variáveis como prazos contratuais e flutuação de preços. A abertura para consumidores de baixa tensão do comércio e da indústria ocorrerá antes, em agosto de 2026, mas a adesão será opcional em ambas as etapas da mudança.